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domingo, março 4

Los Desaparecidos

Arte fala de ditadura, em Nova Iorque.

Los Desaparecidos, mostra de vários artistas sul-americanos, está aberta ao público até 17 de junho, no Museo del Barrio.
Esta exposição é a resposta destes artistas ao desaparecimento de dezenas de milhares de pessoas que foram raptadas, torturadas, assassinadas na América Latina entre os anos 1950 e 1980, pelos vários governos ditatoriais de direita, no Brasil, Argentina, Chile, Uruguai, Colômbia, Guatemala, Venezuela.
É também o grito da luta contra a amnésia colectiva, para que semelhantes atrocidades não se repitam, e uma forma de pressão ao governo dos Estados Unidos para que deixe de apoiar regimes que assassinam o seu próprio povo.



A fotografia deste post é da instalação de Nicolas Guagnini, cujo título é 30.000, onde o artista mostra o seu pai, um jornalista argentino que desapareceu em 1972, durante a ditadura militar.



Numa altura em que em Portugal se fazem concursos de "O maior português", em que a memória colectiva parece não lembrar o que é viver sob o jugo dos ditadores, talvez fosse importante que algum dos nossos museus se interessasse em fazer recordar os milhares de mortos de 40 anos do Estado-Novo.

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