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quarta-feira, abril 25

A senha para a LIBERDADE

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Quis saber quem sou
O que faço aqui
Quem me abandonou
De quem me esqueci
Perguntei por mim
Quis saber de nós
Mas o mar
Não me traz
Tua voz.

Em silêncio, amor
Em tristeza, enfim
Eu te sinto, em flor
Eu te sofro, em mim
Eu te lembro, assim
Partir é morrer
Como amar
É ganhar
E perder
Tu vieste em flor
Eu te desfolhei
Tu te deste em amor
Eu nada te dei
Em teu corpo, amor
Eu adormeci
Morri nele
E ao morrer
Renasci

E depois do amor
E depois de nós
O dizer adeus
O ficarmos sós
Teu lugar a mais
Tua ausência em mim
Tua paz
Que perdi
Minha dor que aprendi
De novo vieste em flor
Te desfolhei...

E depois do amor
E depois de nós
O adeus
O ficarmos sós.

José Niza

1 comentário:

Pena disse...

Lindissímo poema/senha da Revolução de Abril. Não conhecia as palavras todas que estão inseridas nestes versos do inigualável sentido e objectivo para que foi encaminhado. O josé Niza está de Parabéns, bem com a escritora que, aqui, lhe deu viva voz.
Respeitosamente.
Abraço
pena

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