Uma no cravo, outra na ferradura
25 de Abril
NUNCA MAIS!!!
Na madrugada de 24 para 25 de Abril de 1974, os capitães das forças armadas portuguesas rebelaram-se contra os restos de um Estado Novo menos reformista do que situacionista, onde apesar da relativa brandura do discurso marcelista se mantinha tudo na mesma.


Às pias verdades bafientas de trazer por casa, legitimadoras da supressão das liberdades individuais e colectivas do velho regime, sucederam-se, do dia 25 de Abril em diante e durante alguns anos, todas as utopias igualitárias, tentações totalitárias "à là cubana", e a instauração de um anacrónico Conselho da Revolução autolegitimado a que só se pôs um justo cobro nos anos 80, inflamados discursos demagógicos prometendo amanhãs que cantam, como se a mera mudança de regime fosse uma mágica varinha com o condão de tirar o país de profundos atrasos estruturais e culturais de decénios, quiçá de séculos. Para nem falar numa descolonização nada exemplar.

A partir dos anos 80 Portugal entrou em normalidade democrática com a regularidade da realização de pleitos eleitorais, com a permanente consumação dos direitos, liberdades e garantias do cidadão, e com a prossecução de um estado de direito em construção, Portugal é hoje uma democracia moderna em construção, com equilíbrio e independência de facto entre os poderes.

Longe vão os tempos em que se conspirava política e militantemente contra um regime anquilosado, em que se sonhava com uma revolução redentora da alma portuguesa.
Por isso digo: 25 de Abril NUNCA MAIS!!!
PS - Clicar sobre as fotografias para aceder a mais informação.
1 comentário:
Tenho que elogiar a sua atenção para temas que exigem grande importância e actualidade.
A Libertação dos povos oprimidos é muito grave se se persiste e não se termina de vez com o domínio ilícito e dominador de outros povos. Acaba com a liberdade. Com a liberdade que tem de dar viva voz ao pensamento. Choca e interfere contra o proclamado na Carta dos Direito de Todos os Seres Humanos. O 25 de Abril de 1974 transformou por completo com a situação desses povos e dessas gentes oprimidas e deu oportunidade a uma autodetrminação sensata e correcta.
Escreve com muita sobriedade e clarividência que é apanágio de grandes escritores.
Um Bem-Haja pelo que é e pelo que sente.
Com muito respeito.
Abraço.
Pena
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